A Dra. Helena Garrido vai integrar a direcção editorial do Jornal de Negócios.
A entrada da Dra. Helena Garrido no Jornal de Negócios marca o regresso da professora a um cargo de direcção, depois de ter exercido o cargo de directora-adjunta do Diário de Notícias até ao primeiro trimestre de 2007.
O EconomicEsta deseja-lhe felicidades para o novo desafio.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
A FED ENTRA EM ACÇÃO
A Reserva Federal Norte-Americana tomou hoje uma posição em relação à crise do sub-prime: propôs um conjunto de regras mais rígidas para as entidades que facultam empréstimos nos EUA. As medidas vêm trazer novas limitações na aquisição de empréstimos. Entre elas, proibir empréstimos para bens que à partida não podem ser pagos, restringir a utilização dos empréstimos, quando o cliente não verifica de onde vem o rendimento da financeira, e proibir ou limitar as penalizações de pré-pagamento. Não deveriam estes condicionalismos terem sido praticados desde sempre? As facilidades praticadas pelas entidades detentores de créditos é também uma situação a ter em conta na crise do sub-prime, pois a culpa não pode ser toda virada para o os bancos centrais.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Acção conjunta dos bancos centrais não acalma bolsas
O plano concertado dos principais bancos centrais mundiais - injecção de liquidez em dólares dos dois lados do Atlântico -, para travar a crise dos mercados financeiros e dar um impulso no crescimento económico global, teve um impacto positivo muito curto.Um dia depois do anúncio, as principais bolsas mundiais registaram quedas elevadas - perto dos dois por cento na Europa - e as taxas de juro na zona euro registaram descidas muito ténues, quando se esperava quedas mais expressivas.A aversão dos investidores à tomada de risco foi evidente ontem nas bolsas asiáticas, europeias e norte--americanas. As preocupações em relação à manutenção da crise dos mercados financeiros, que está a afectar o crescimento das maiores economias mundiais, com destaque para a norte-americana, voltaram a ganhar relevância. No mercado monetário, na zona euro, a desconfiança também esteve presente, mas entre os maiores bancos comerciais, uma vez que o custo dos empréstimos entre si manteve-se elevado, ao nível mais alto dos últimos sete anos.A Euribor a três meses fixou-se ontem nos 4,948 por cento, um pouquinho menos do que os 4,953 por cento de quarta-feira. A Euribor a seis meses ficou nos 4,898 por cento, contra os 4,906 por cento da sessão anterior. E a Euribor a 12 meses nos 4,862 por cento, cerca de 0,005 pontos percentuais abaixo do valor verificado anteontem. As taxas do mercado monetário continuam longe do índice de referência do Banco Central Europeu, que se encontra nos 4,0 por cento. A distância das taxas Euribor face ao preço do dinheiro fixado pela autoridade monetária acentuou-se com a crise do crédito de alto risco nos Estados Unidos. Desde então, o indexante tem mantido uma tendência altista que agrava os custos dos empréstimos que o utilizam, como é o caso da maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal.A política monetária do BCE, que recentemente manteve a taxa de juro de referência inalterada e integra agora o grupo de bancos centrais que vai injectar liquidez no mercado, não tem sido suficiente para travar a subida da Euribor. E uma das razões prende-se com a constante ameaça de nova subida da taxa directora, como forma de travar a inflação, que tem tido uma evolução em alta, em boa parte por causa do preço do petróleo.Essa mensagem ficou patente na declaração após a última reunião para decidir sobre a política monetária e foi reafirmada no editorial do boletim mensal de Dezembro, publicado ontem, onde é defendido que o BCE, "actuando com firmeza e atempadamente", assegurará que os efeitos secundários e os riscos para a estabilidade dos preços não se materializem. A maiores bolsas mundiais registaram ontem quedas muito elevadas, com os maiores contributos a serem dados pelas empresas financeiras. As primeiras bolsas a fechar foram as asiáticas e o maior recuo a acontecer na bolsa chinesa, a deslizar 3,57 por cento (Taipé). Em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 2,72 por cento, a Bolsa de Xangai desvalorizou 2,7 por cento e, em Tóquio, o Nikkei caiu 2,48 por cento. Este deslize influenciou o comportamento das praças europeias, com a Bolsa de Londres a liderar as quedas - 2,98 por cento (FTSE 100). Seguiu-se o principal índice da Bolsa de Paris, o CAC 40, a perder 2,65 por cento. Madrid recuou 2,27 por cento (Ibex-35), e o índice que agrupa as 50 maiores companhias europeias cotadas, o Euro Stoxx 50, caiu 2,21 por cento. Com quedas acentuadas, mas interiores a dois por cento, fecharam os índices de referência das bolsas alemã (-1,83 por cento), de Lisboa (-1,73 por cento) e da Holanda (-1,61 por cento). Em Lisboa, a queda mais significativa aconteceu no BCP, a perder mais de cinco por cento.As bolsas norte-americanas abriram em queda e, a meio da sessão, os dois principais índices perdiam 1,26 por cento (Nasdaq 100) e 0,52 por cento (Dow Jones). O presidente do Northern Rock, o banco inglês que entrou em crise com os problemas no mercado do crédito de alto risco, vai deixar a instituição, foi ontem anunciado. Será substituído por um administrador que já tinha o encargo de encontrar soluções para a instituição, Andy Kuipers.O Northern Rock tem sobrevivido à custa de injecções de liquidez providenciadas pelo Banco de Inglaterra. O mais recente balanço aponta para um total superior a 35 mil milhões de euros. No mercado, comenta-se a hipótese de o grupo Virgin entrar para o capital do banco.
domingo, 9 de dezembro de 2007
Debate - "Subprime"
Não é possível arriscar prognósticos para o fim do “subprime”.
As previsões da OCDE, de quinta-feira passada, representam uma injecção de optimismo em relação à conjuntura económica mundial depois de vários dias seguidos em que os desenvolvimentos do mercado teimaram em apontar para uma profundidade da crise.
Sem arriscar prognósticos para o fim da crise financeira, a OCDE fez questão de frisar que deverá ser possível resistir às crises que têm afectado os mercados imobiliários e ao aperto que se verifica no mercado de crédito internacional. Este relatório recomenda, tanto ao BCE, como à Reserva Federal norte-americana, que não desçam as taxas de juro, já que o mais provável é uma retoma da economia já no final do próximo ano.
A taxa de juro de referência para a Zona Euro, decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) está nos 4%. Os especialistas já não acreditam numa subida dos juros, a não ser que a inflação dispare. No entanto, uma descida das taxas também é possível se o crescimento económico se mostrar mais débil que o esperado.
Contudo, estas previsões surgem depois dos Bancos Centrais terem injectado dinheiro no mercado.
Por isso também se justifica o preço mais alto do dinheiro.
O apoio dos Bancos Centrais não foi gratuito e, alterou substancialmente o preço do dinheiro pelo aumento do risco da banca exposta ao mercado imobiliário e ao “subprime”.
As previsões actuais surgem após a intervenção dos Bancos Centrais.
E se essas intervenções não se tivessem dado?
Será que se pode punir milhões de clientes bancários por terem confiado nos seus bancos?
Será que se podiam desacreditar as instituições financeiras deixando-as falir por terem entrado num mercado que não estava regulado, mas que os Bancos Centrais conheciam?
A dúvida permanece! A crise começou no mercado norte-americano e Jorge W. Bush anunciou a semana passada um acordo para “congelar” a taxa de juro nalgumas hipotecas de alto risco, ou “crédito subprime”.
Com o anúncio desta medida o mercado reagiu positivamente e a moeda norte-americana saiu beneficiada, bem como o euro valorizou face ao dólar, estabilizando no final do dia da passada quinta-feira, com o BCE a manter a taxa de Juro nos 4%.
As previsões da OCDE, de quinta-feira passada, representam uma injecção de optimismo em relação à conjuntura económica mundial depois de vários dias seguidos em que os desenvolvimentos do mercado teimaram em apontar para uma profundidade da crise.
Sem arriscar prognósticos para o fim da crise financeira, a OCDE fez questão de frisar que deverá ser possível resistir às crises que têm afectado os mercados imobiliários e ao aperto que se verifica no mercado de crédito internacional. Este relatório recomenda, tanto ao BCE, como à Reserva Federal norte-americana, que não desçam as taxas de juro, já que o mais provável é uma retoma da economia já no final do próximo ano.
A taxa de juro de referência para a Zona Euro, decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) está nos 4%. Os especialistas já não acreditam numa subida dos juros, a não ser que a inflação dispare. No entanto, uma descida das taxas também é possível se o crescimento económico se mostrar mais débil que o esperado.
Contudo, estas previsões surgem depois dos Bancos Centrais terem injectado dinheiro no mercado.
Por isso também se justifica o preço mais alto do dinheiro.
O apoio dos Bancos Centrais não foi gratuito e, alterou substancialmente o preço do dinheiro pelo aumento do risco da banca exposta ao mercado imobiliário e ao “subprime”.
As previsões actuais surgem após a intervenção dos Bancos Centrais.
E se essas intervenções não se tivessem dado?
Será que se pode punir milhões de clientes bancários por terem confiado nos seus bancos?
Será que se podiam desacreditar as instituições financeiras deixando-as falir por terem entrado num mercado que não estava regulado, mas que os Bancos Centrais conheciam?
A dúvida permanece! A crise começou no mercado norte-americano e Jorge W. Bush anunciou a semana passada um acordo para “congelar” a taxa de juro nalgumas hipotecas de alto risco, ou “crédito subprime”.
Com o anúncio desta medida o mercado reagiu positivamente e a moeda norte-americana saiu beneficiada, bem como o euro valorizou face ao dólar, estabilizando no final do dia da passada quinta-feira, com o BCE a manter a taxa de Juro nos 4%.
Debate do Sub-Prime
A solução para o Sub-prime depende muito das sensibilidades individuais, após uma análise cuidada aos efeitos da referida crise. Os Bancos centrais não deviam ter intervido na referida crise; contrariando o que diz William Buitter, ao afirmar que the central bank has to become the market maker of last resort. Nem em último recursos. O banco central deve ser um Regulador; não uma espécie de Herói quando as crises se instalam… É verdade que o jornal diário Público, de sexta-feira (7 de Dezembro) anunciou que em 2008 se espera uma nova vaga de hipotecas por pagar nos EUA, que poderá agravar a crise, mas não é com incentivos perversos que resolveremos esta crise há escala global.
Em 1929, com o Crash de Wall Street, Keynes defendeu que o endividamento do Estado ajudaria a suplantar a crise; mas isso foi nessa época. A crise do Sub-prime tem uma natureza diferente e por isso o remédio deve ser diferente. Aliás Portugal, avançou o Público dessa sexta-feira, deverá crescer este ano, mesmo com a crise do Sub-prime há porta. Esta é uma prova de que as economias têm sistemas para sair das crises, que não passam sempre pela intervenção do Estado. Esta intervenção do Estado parece-me desajustada. Os bancos centrais estão apenas a “tapar o sol com a peneira”, até que, um destes dias, vão ficar encandeados…
Em 1929, com o Crash de Wall Street, Keynes defendeu que o endividamento do Estado ajudaria a suplantar a crise; mas isso foi nessa época. A crise do Sub-prime tem uma natureza diferente e por isso o remédio deve ser diferente. Aliás Portugal, avançou o Público dessa sexta-feira, deverá crescer este ano, mesmo com a crise do Sub-prime há porta. Esta é uma prova de que as economias têm sistemas para sair das crises, que não passam sempre pela intervenção do Estado. Esta intervenção do Estado parece-me desajustada. Os bancos centrais estão apenas a “tapar o sol com a peneira”, até que, um destes dias, vão ficar encandeados…
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Debate: Crise da Sub-Prime e Bancos Centrais
A crise do sub-prime, proveniente dos Estados Unidos da América, é resultado de um risco desmesurado dos bancos na concessão de créditos de alto risco, para os mais diversos fins, nomeadamente, a compra de habitação, a famílias de alto risco, ou seja, com grande probabilidade de contraírem dívida. Como consequência, os bancos começaram a ter falta de liquidez, e entraram em crise.
O que motivou esta crise, foi o facto de os bancos concederem créditos para habitação, sem verificarem se as pessoas que o estavam a pedir, tinham capacidade financeira para o suportar. Um dos factores que originaram esta situação foi a decisão dos bancos exigirem uma taxa de esforço demasiado elevada. O que é a taxa de esforço? A taxa de esforço baseia-se no seguinte: o banco define uma percentagem/taxa, e no final de cada mês, retira essa percentagem do salário de quem pediu o crédito. O que se verificou foi que a taxa de esforço pedida foi demasiado elevada, e as pessoas ficaram sem dinheiro para pagar a sua dívida. Como consequência, os bancos entraram em ruptura, ficando sem dinheiro.
A grande questão é se os bancos centrais têm agido correctamente no que diz respeito a esta crise. Há economistas que discordam da posição dos bancos centrais, quando estes injectaram dinheiro no mercado, para auxiliar os bancos. Estes economistas consideram que esta injecção desculpa as más opções tomadas pelos bancos, enquanto que outros consideram que era a única solução para a economia não entrar em colapso.
Efectivamente, a curto prazo, os bancos centrais tomaram a decisão correcta. Evitam que a economia entre em colapso, afastando a sombra da grande depressão de 1929. A longo prazo, esta decisão acarreta diversos problemas, entre os quais, a desculpabilização das más opções tomadas pelos bancos. Como refere Charles Wyplosz, citando o Governador do Banco de Inglaterra, esta posição e acção dos Bancos Centrais surgem como uma “recompensa” para as instituições financeiras imprudentes, e espalham as sementes de uma próxima crise.
O que motivou esta crise, foi o facto de os bancos concederem créditos para habitação, sem verificarem se as pessoas que o estavam a pedir, tinham capacidade financeira para o suportar. Um dos factores que originaram esta situação foi a decisão dos bancos exigirem uma taxa de esforço demasiado elevada. O que é a taxa de esforço? A taxa de esforço baseia-se no seguinte: o banco define uma percentagem/taxa, e no final de cada mês, retira essa percentagem do salário de quem pediu o crédito. O que se verificou foi que a taxa de esforço pedida foi demasiado elevada, e as pessoas ficaram sem dinheiro para pagar a sua dívida. Como consequência, os bancos entraram em ruptura, ficando sem dinheiro.
A grande questão é se os bancos centrais têm agido correctamente no que diz respeito a esta crise. Há economistas que discordam da posição dos bancos centrais, quando estes injectaram dinheiro no mercado, para auxiliar os bancos. Estes economistas consideram que esta injecção desculpa as más opções tomadas pelos bancos, enquanto que outros consideram que era a única solução para a economia não entrar em colapso.
Efectivamente, a curto prazo, os bancos centrais tomaram a decisão correcta. Evitam que a economia entre em colapso, afastando a sombra da grande depressão de 1929. A longo prazo, esta decisão acarreta diversos problemas, entre os quais, a desculpabilização das más opções tomadas pelos bancos. Como refere Charles Wyplosz, citando o Governador do Banco de Inglaterra, esta posição e acção dos Bancos Centrais surgem como uma “recompensa” para as instituições financeiras imprudentes, e espalham as sementes de uma próxima crise.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Gerindo a ponte 25 de Abril
Se os rendimentos não subissem, e se se verificasse um aumento do preço das portagens e a manutenção do preço dos transportes públicos, as pessoas mantém o mesmo poder de compra/utilização relativamente aos transportes públicos, o mesmo não se sucedendo com a utilização da ponte e dos transportes privados. Deste modo, iria diminuir o uso da ponte, e consequentemente dos transportes privados, podendo proporcionar um aumento da procura dos transportes públicos. Estas alterações iriam provocar uma deslocação da recta e uma nova curva de preferências, mas pode não significar um aumento da utilização dos transportes públicos.
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