domingo, 9 de dezembro de 2007

Debate - "Subprime"

Resumo da Crise Imobiliária nos EUA pela Arte Folha.
Não é possível arriscar prognósticos para o fim do “subprime”.
As previsões da OCDE, de quinta-feira passada, representam uma injecção de optimismo em relação à conjuntura económica mundial depois de vários dias seguidos em que os desenvolvimentos do mercado teimaram em apontar para uma profundidade da crise.
Sem arriscar prognósticos para o fim da crise financeira, a OCDE fez questão de frisar que deverá ser possível resistir às crises que têm afectado os mercados imobiliários e ao aperto que se verifica no mercado de crédito internacional. Este relatório recomenda, tanto ao BCE, como à Reserva Federal norte-americana, que não desçam as taxas de juro, já que o mais provável é uma retoma da economia já no final do próximo ano.

A taxa de juro de referência para a Zona Euro, decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) está nos 4%. Os especialistas já não acreditam numa subida dos juros, a não ser que a inflação dispare. No entanto, uma descida das taxas também é possível se o crescimento económico se mostrar mais débil que o esperado.
Contudo, estas previsões surgem depois dos Bancos Centrais terem injectado dinheiro no mercado.
Por isso também se justifica o preço mais alto do dinheiro.
O apoio dos Bancos Centrais não foi gratuito e, alterou substancialmente o preço do dinheiro pelo aumento do risco da banca exposta ao mercado imobiliário e ao “subprime”.

As previsões actuais surgem após a intervenção dos Bancos Centrais.

E se essas intervenções não se tivessem dado?
Será que se pode punir milhões de clientes bancários por terem confiado nos seus bancos?
Será que se podiam desacreditar as instituições financeiras deixando-as falir por terem entrado num mercado que não estava regulado, mas que os Bancos Centrais conheciam?

A dúvida permanece! A crise começou no mercado norte-americano e Jorge W. Bush anunciou a semana passada um acordo para “congelar” a taxa de juro nalgumas hipotecas de alto risco, ou “crédito subprime”.

Com o anúncio desta medida o mercado reagiu positivamente e a moeda norte-americana saiu beneficiada, bem como o euro valorizou face ao dólar, estabilizando no final do dia da passada quinta-feira, com o BCE a manter a taxa de Juro nos 4%.

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