quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Parabéns pelo novo desafio!

A Dra. Helena Garrido vai integrar a direcção editorial do Jornal de Negócios.
A entrada da Dra. Helena Garrido no Jornal de Negócios marca o regresso da professora a um cargo de direcção, depois de ter exercido o cargo de directora-adjunta do Diário de Notícias até ao primeiro trimestre de 2007.
O EconomicEsta deseja-lhe felicidades para o novo desafio.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A FED ENTRA EM ACÇÃO

A Reserva Federal Norte-Americana tomou hoje uma posição em relação à crise do sub-prime: propôs um conjunto de regras mais rígidas para as entidades que facultam empréstimos nos EUA. As medidas vêm trazer novas limitações na aquisição de empréstimos. Entre elas, proibir empréstimos para bens que à partida não podem ser pagos, restringir a utilização dos empréstimos, quando o cliente não verifica de onde vem o rendimento da financeira, e proibir ou limitar as penalizações de pré-pagamento. Não deveriam estes condicionalismos terem sido praticados desde sempre? As facilidades praticadas pelas entidades detentores de créditos é também uma situação a ter em conta na crise do sub-prime, pois a culpa não pode ser toda virada para o os bancos centrais.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Acção conjunta dos bancos centrais não acalma bolsas

O plano concertado dos principais bancos centrais mundiais - injecção de liquidez em dólares dos dois lados do Atlântico -, para travar a crise dos mercados financeiros e dar um impulso no crescimento económico global, teve um impacto positivo muito curto.Um dia depois do anúncio, as principais bolsas mundiais registaram quedas elevadas - perto dos dois por cento na Europa - e as taxas de juro na zona euro registaram descidas muito ténues, quando se esperava quedas mais expressivas.A aversão dos investidores à tomada de risco foi evidente ontem nas bolsas asiáticas, europeias e norte--americanas. As preocupações em relação à manutenção da crise dos mercados financeiros, que está a afectar o crescimento das maiores economias mundiais, com destaque para a norte-americana, voltaram a ganhar relevância. No mercado monetário, na zona euro, a desconfiança também esteve presente, mas entre os maiores bancos comerciais, uma vez que o custo dos empréstimos entre si manteve-se elevado, ao nível mais alto dos últimos sete anos.A Euribor a três meses fixou-se ontem nos 4,948 por cento, um pouquinho menos do que os 4,953 por cento de quarta-feira. A Euribor a seis meses ficou nos 4,898 por cento, contra os 4,906 por cento da sessão anterior. E a Euribor a 12 meses nos 4,862 por cento, cerca de 0,005 pontos percentuais abaixo do valor verificado anteontem. As taxas do mercado monetário continuam longe do índice de referência do Banco Central Europeu, que se encontra nos 4,0 por cento. A distância das taxas Euribor face ao preço do dinheiro fixado pela autoridade monetária acentuou-se com a crise do crédito de alto risco nos Estados Unidos. Desde então, o indexante tem mantido uma tendência altista que agrava os custos dos empréstimos que o utilizam, como é o caso da maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal.A política monetária do BCE, que recentemente manteve a taxa de juro de referência inalterada e integra agora o grupo de bancos centrais que vai injectar liquidez no mercado, não tem sido suficiente para travar a subida da Euribor. E uma das razões prende-se com a constante ameaça de nova subida da taxa directora, como forma de travar a inflação, que tem tido uma evolução em alta, em boa parte por causa do preço do petróleo.Essa mensagem ficou patente na declaração após a última reunião para decidir sobre a política monetária e foi reafirmada no editorial do boletim mensal de Dezembro, publicado ontem, onde é defendido que o BCE, "actuando com firmeza e atempadamente", assegurará que os efeitos secundários e os riscos para a estabilidade dos preços não se materializem. A maiores bolsas mundiais registaram ontem quedas muito elevadas, com os maiores contributos a serem dados pelas empresas financeiras. As primeiras bolsas a fechar foram as asiáticas e o maior recuo a acontecer na bolsa chinesa, a deslizar 3,57 por cento (Taipé). Em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 2,72 por cento, a Bolsa de Xangai desvalorizou 2,7 por cento e, em Tóquio, o Nikkei caiu 2,48 por cento. Este deslize influenciou o comportamento das praças europeias, com a Bolsa de Londres a liderar as quedas - 2,98 por cento (FTSE 100). Seguiu-se o principal índice da Bolsa de Paris, o CAC 40, a perder 2,65 por cento. Madrid recuou 2,27 por cento (Ibex-35), e o índice que agrupa as 50 maiores companhias europeias cotadas, o Euro Stoxx 50, caiu 2,21 por cento. Com quedas acentuadas, mas interiores a dois por cento, fecharam os índices de referência das bolsas alemã (-1,83 por cento), de Lisboa (-1,73 por cento) e da Holanda (-1,61 por cento). Em Lisboa, a queda mais significativa aconteceu no BCP, a perder mais de cinco por cento.As bolsas norte-americanas abriram em queda e, a meio da sessão, os dois principais índices perdiam 1,26 por cento (Nasdaq 100) e 0,52 por cento (Dow Jones). O presidente do Northern Rock, o banco inglês que entrou em crise com os problemas no mercado do crédito de alto risco, vai deixar a instituição, foi ontem anunciado. Será substituído por um administrador que já tinha o encargo de encontrar soluções para a instituição, Andy Kuipers.O Northern Rock tem sobrevivido à custa de injecções de liquidez providenciadas pelo Banco de Inglaterra. O mais recente balanço aponta para um total superior a 35 mil milhões de euros. No mercado, comenta-se a hipótese de o grupo Virgin entrar para o capital do banco.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Debate - "Subprime"

Resumo da Crise Imobiliária nos EUA pela Arte Folha.
Não é possível arriscar prognósticos para o fim do “subprime”.
As previsões da OCDE, de quinta-feira passada, representam uma injecção de optimismo em relação à conjuntura económica mundial depois de vários dias seguidos em que os desenvolvimentos do mercado teimaram em apontar para uma profundidade da crise.
Sem arriscar prognósticos para o fim da crise financeira, a OCDE fez questão de frisar que deverá ser possível resistir às crises que têm afectado os mercados imobiliários e ao aperto que se verifica no mercado de crédito internacional. Este relatório recomenda, tanto ao BCE, como à Reserva Federal norte-americana, que não desçam as taxas de juro, já que o mais provável é uma retoma da economia já no final do próximo ano.

A taxa de juro de referência para a Zona Euro, decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) está nos 4%. Os especialistas já não acreditam numa subida dos juros, a não ser que a inflação dispare. No entanto, uma descida das taxas também é possível se o crescimento económico se mostrar mais débil que o esperado.
Contudo, estas previsões surgem depois dos Bancos Centrais terem injectado dinheiro no mercado.
Por isso também se justifica o preço mais alto do dinheiro.
O apoio dos Bancos Centrais não foi gratuito e, alterou substancialmente o preço do dinheiro pelo aumento do risco da banca exposta ao mercado imobiliário e ao “subprime”.

As previsões actuais surgem após a intervenção dos Bancos Centrais.

E se essas intervenções não se tivessem dado?
Será que se pode punir milhões de clientes bancários por terem confiado nos seus bancos?
Será que se podiam desacreditar as instituições financeiras deixando-as falir por terem entrado num mercado que não estava regulado, mas que os Bancos Centrais conheciam?

A dúvida permanece! A crise começou no mercado norte-americano e Jorge W. Bush anunciou a semana passada um acordo para “congelar” a taxa de juro nalgumas hipotecas de alto risco, ou “crédito subprime”.

Com o anúncio desta medida o mercado reagiu positivamente e a moeda norte-americana saiu beneficiada, bem como o euro valorizou face ao dólar, estabilizando no final do dia da passada quinta-feira, com o BCE a manter a taxa de Juro nos 4%.

Debate do Sub-Prime

A solução para o Sub-prime depende muito das sensibilidades individuais, após uma análise cuidada aos efeitos da referida crise. Os Bancos centrais não deviam ter intervido na referida crise; contrariando o que diz William Buitter, ao afirmar que the central bank has to become the market maker of last resort. Nem em último recursos. O banco central deve ser um Regulador; não uma espécie de Herói quando as crises se instalam… É verdade que o jornal diário Público, de sexta-feira (7 de Dezembro) anunciou que em 2008 se espera uma nova vaga de hipotecas por pagar nos EUA, que poderá agravar a crise, mas não é com incentivos perversos que resolveremos esta crise há escala global.

Em 1929, com o Crash de Wall Street, Keynes defendeu que o endividamento do Estado ajudaria a suplantar a crise; mas isso foi nessa época. A crise do Sub-prime tem uma natureza diferente e por isso o remédio deve ser diferente. Aliás Portugal, avançou o Público dessa sexta-feira, deverá crescer este ano, mesmo com a crise do Sub-prime há porta. Esta é uma prova de que as economias têm sistemas para sair das crises, que não passam sempre pela intervenção do Estado. Esta intervenção do Estado parece-me desajustada. Os bancos centrais estão apenas a “tapar o sol com a peneira”, até que, um destes dias, vão ficar encandeados…

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Debate: Crise da Sub-Prime e Bancos Centrais

A crise do sub-prime, proveniente dos Estados Unidos da América, é resultado de um risco desmesurado dos bancos na concessão de créditos de alto risco, para os mais diversos fins, nomeadamente, a compra de habitação, a famílias de alto risco, ou seja, com grande probabilidade de contraírem dívida. Como consequência, os bancos começaram a ter falta de liquidez, e entraram em crise.
O que motivou esta crise, foi o facto de os bancos concederem créditos para habitação, sem verificarem se as pessoas que o estavam a pedir, tinham capacidade financeira para o suportar. Um dos factores que originaram esta situação foi a decisão dos bancos exigirem uma taxa de esforço demasiado elevada. O que é a taxa de esforço? A taxa de esforço baseia-se no seguinte: o banco define uma percentagem/taxa, e no final de cada mês, retira essa percentagem do salário de quem pediu o crédito. O que se verificou foi que a taxa de esforço pedida foi demasiado elevada, e as pessoas ficaram sem dinheiro para pagar a sua dívida. Como consequência, os bancos entraram em ruptura, ficando sem dinheiro.
A grande questão é se os bancos centrais têm agido correctamente no que diz respeito a esta crise. Há economistas que discordam da posição dos bancos centrais, quando estes injectaram dinheiro no mercado, para auxiliar os bancos. Estes economistas consideram que esta injecção desculpa as más opções tomadas pelos bancos, enquanto que outros consideram que era a única solução para a economia não entrar em colapso.
Efectivamente, a curto prazo, os bancos centrais tomaram a decisão correcta. Evitam que a economia entre em colapso, afastando a sombra da grande depressão de 1929. A longo prazo, esta decisão acarreta diversos problemas, entre os quais, a desculpabilização das más opções tomadas pelos bancos. Como refere Charles Wyplosz, citando o Governador do Banco de Inglaterra, esta posição e acção dos Bancos Centrais surgem como uma “recompensa” para as instituições financeiras imprudentes, e espalham as sementes de uma próxima crise.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Gerindo a ponte 25 de Abril

Se os rendimentos não subissem, e se se verificasse um aumento do preço das portagens e a manutenção do preço dos transportes públicos, as pessoas mantém o mesmo poder de compra/utilização relativamente aos transportes públicos, o mesmo não se sucedendo com a utilização da ponte e dos transportes privados. Deste modo, iria diminuir o uso da ponte, e consequentemente dos transportes privados, podendo proporcionar um aumento da procura dos transportes públicos. Estas alterações iriam provocar uma deslocação da recta e uma nova curva de preferências, mas pode não significar um aumento da utilização dos transportes públicos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Sub-prime

O canal de notícias CNBC, dos Estados Unidos da América, editou esta notícia sobre os efeitos reais do Sub-prime no mercado do crédito. É uma ajuda a perceber qual a posição que devemos escolher! Eu dou notícias em breve.
Tiago Lopes

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Gerindo a ponte 25 de Abril...2

Efeito no equilíbrio de uma variação do preço (novo desenho)
O aumento do preço da portagem faz com que a recta orçamental gire centrada em N deslocando de NM para NM". O novo equilíbrio de tangência é o B", onde há sem dúvida menos transportes privados, mas os transportes públicos pode ser maior ou menor.



Questões:

1 - As curvas de indiferença são convexas em relação à origem. Quando nos deslocamos ao longo da curva para baixo e para a direita - um movimento que implica o aumento da quantidade de uma coisa e a redução de outra - a curva torna-se quase horizontal. A curva de indiferença representa os pontos de combinações de consumo desejados com igual intensidade, logo não se podem cruzar.

2 - Uma redução do rendimento fará deslocar paralelamente a recta orçamental para o interior, causando normalmente uma redução no consumo da ponte mas também nos transportes públicos. A variação do preço de um único bem, mantendo o resto constante, fará com que a recta orçamental sofra uma rotação modificando a sua inclinação. Assim o consumidor atingirá um novo ponto de tangência de máxima satisfação. Na figura apresentada o novo equilíbrio de tangência é B".

domingo, 25 de novembro de 2007

Gerindo...ainda...a Ponte 25 de Abril

Jorge Brás ao tentar resolver o problema graficamente aqui descobre em comentário que o efeito no consumo pode não ser o pretendido (reduzir o "consumo de Ponte" e aumentar o "consumo de Transporte Público". É ainda necessário alertar que as curvas de indiferença não se podem cruzar.

Coloco duas questões:
  1. Porque não se podem cruzar as curvas de indiferença? (Pista: usem o raciocínio da transitividade).
  2. Porque é que aumentar o preço da portagem da Ponte 25 de Abril pode não conduzir à redução da quantidade "consumida de Ponte"? (Pista: Desagreguem o efeito total do aumento de preço em efeito de substituição e de rendimento e lembrem-se dos bens de Giffen assim como a classificação dos bens)

Nota: No desenho de Jorge Brás ( penso que mesmo redesenhando a curva de indiferença que intersecta a outra) reduz-se o "consumo de Ponte" mas também o de Transportes Públicos. Qual a explicação tendo igualmente como referência os dois efeitos.

Alerta de organização: Coloquem sempre como etiqueta o número da questão a que se refere o post, podendo obviamente juntar-se outra ou outras etiquetas.

Vale a pena ler

Vale a pena ler este artigo do NYT assim como olhar para os gráficos. Uma análise à actual conjuntura e ameça de recessão como pistas para se compreender também a crise sup-prime.

É ainda interessante para a segunda parte do nosso estudo, quando entrarmos na macroeconomia. Sobre as interligações entre os países da economia mundial destaco este parágrafo:

"As Americans have carried home mountains of goods manufactured in Japan, China and elsewhere, they have sent trillions of dollars across the Pacific to pay for them. Asian central banks have taken these winnings and parked them back in the United States, buying up Treasury bills, stocks and property. In so doing, they have kept American interest rates low and the dollar stronger, ensuring that consumers have the wherewithal to keep buying. "

domingo, 18 de novembro de 2007

Gerindo a ponte 25 de Abril...


Hoje faz 15 anos, se não me engano, que houve o protesto na ponte, pelo aumento em 50 % dos preços da portagem. Foi o maior protesto após o 25 de abril. Lembro-me que foi o princípio do fim da governação do Prof. Cavaco Silva.
Admitindo que o preço das portagens aumenta enquanto que o transporte público mantém-se inalterado, temos de analisar a modificação da recta orçamental. Dado que o preço dos transportes público não se alterou, o nível de transportes publicos continua a ser possível como anteriormente. Mas dado que o preço da portagem subiu o número de transportes privados já não é atingível. Com o rendimento igual e com o aumento das portagens fez reduzir a utilização de transportes privados e a utilização de transportes públicos pode mover-se nas duas direcções. O novo equilíbrio de tangência é no novo ponto verde, onde há sem dúvida uma menor utilização de transportes privados e a utilização de transportes públicos pode ser maior, depende de novas variáveis!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A economia portuguesa desde o euro

Para o Valter,

- O FMI publicou recentemente o Regional Economic Outlook sobre a Europa que tem uma caixa sobre Portugal.

- Na Direcção Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia encontra vários documentos interessantes, nomeadamente em Publications:
............................Estatísticas e perspectivas nas Previsões do Outono de 2007
............................E este trabalho Portugal's boom and bust: lessons for euro newcomers

- No Banco de Portugal vale a pena ler o último relatório anual e o trimestral que saiu esta semana.

Angola e Índia

Para o João e Tiago ( e quem mais estiver interessado - também pode ser bom para o Valter) aqui vão alguns links interessantes:

-O Doing Business do Banco Mundial está até mais completo que da última vez que o visitei. Pode ser escolhido o país. Quer para Angola como para a Índica existe um relatório.

- O FMI é um mundo de informação. Podem encontrar em Country Info o vosso país.

-No Transparency International encontram o Índice de Percepção da Corrupção que também pode ser muito útil.

Gerindo a Ponte 25 de Abril

A Questão 3 sobre a gestão do trânsito na Ponte 25 de Abril já foi respondida e temos estado em debate sobre o assunto.


Confesso que não sei se há consenso sobre a solução para o problema mas parece-me que não.


Fica aqui o desafio de começarmos a resolver o problema por fases. Respondendo à pergunta do gráfico: o que acontecia se a portagem subisse? É preciso desenhar a nova restrição orçamental (como ficam as inclinações) e a nova escolha para - já sabem - preferências constantes.
Espero respostas.


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Questão 3 - Caos na Ponte

1- Nitidamente existem filas na Ponte 25 de Abril porque a oferta é sem dúvida menor do que a procura. Não existindo alternativas aliciantes para os utentes, esta situação acaba por ser inevitável.
2- Em termos económicos estas filas reflectem o seguinte: os utentes retiram mais benefícios da utilização da ponte, indo no seu transporte particular. Se em vez disso, utilizassem os transportes públicos, provavelmente, os seus custos aumentariam, pois não iriam desfrutar tanto do bem estar e do conforto que o seu transporte particular lhes proporciona.
3- Logicamente que estas filas poderiam acabar se os transportes públicos se tornassem concorrentes directos no que diz respeito ao bem estar e ao conforto. Mais, se os seus preços se revelarem mais aliciantes, nesse caso, os utentes iriam perceber que talvez os transportes públicos seriam a alternativa que lhes traria mais benefícios e custos menores.

sábado, 27 de outubro de 2007

Questão 3 - As filas na Ponte 25 Abril

1) Existem filas, porque a população residente a sul de Lisboa que trabalha em Lisboa se desloca essencialmente de carro para os seus empregos. Existe a OFERTA, uma ponte, mais próxima de Almada, Setúbal, Barreiro, Seixal e Lisboa (cidade) que não satisfaz a PROCURA. A oferta é menor que a procura. Há medida que os indivíduos ficam mais abastados o tempo torna-se o seu recurso mais escasso. Mesmo com filas, o individuo racional fica com mais horas livres do que andar de transportes públicos.
2) Muita procura e pouca oferta. Existe a Ponte Vasco da Gama mas exige mais custos. Ao falarmos em Custos, podemos considerar também nesta alínea a comparação dos custos e benefícios para o utente. - Benefícios: entendo como benefício chegar ao emprego sem mudar três vezes de transportes públicos e estacionar o carro muitas das vezes à porta perto do local de trabalho e não estar dependente de horários. - Custos: entendo como custo, o preço da portagem, da gasolina e do desgaste do carro. Para estes utilizadores racionais, os benefícios sobrepõem-se aos custos. Logicamente que não se pensa no custo ambiental, porque esse não afecta o indivíduo no seu vencimento mensal.
3) Aumentar a portagem com base na premissa ambiente. Mas só teria lógica aumentar a portagem se houvesse melhores condições (conforto, maior rapidez, mais horários...) nos transportes públicos. Os benefícios dos transportes públicos e os seus custos devem influenciar a decisão em detrimento dos benefícios e custos que os utilizadores vêem na Ponte.

Questão 2 - A Escolha, A Utilidade!

Esta questão explica-se com a escolha das pessoas. Muitas delas escolhem os bens e serviços a que atribuem mais valor. O consumidor racional reparte os seus recursos limitados entre os bens que lhes proporcionam mais satisfação, qualidade, design, coerência, conforto, estatuto social, entre outros. A utilidade marginal do bem mais caro deve ser pelo menos o dobro da utilidade marginal do bem mais barato. Isto leva-nos ao princípio da igualdade marginal. Ler pag 87 do Livro - Economia - de Samuelson Nordhaus.

Questão 2 - Produtos iguais, preços diferentes

Se o consumidor é racional nas suas escolhas, porque razão dispende, por vezes, mais dinheiro num produto, do que noutro produto que cumpre a mesma função, e por um preço inferior? Na minha opinião o consumidor ao satisfazer necessidades, não tem sempre em conta a questão económica. Embora o custo de oportunidade seja superior, a satisfação que se retira do consumo de determinado produto justifica o seu preço mais elevado. O consumidor paga pela utilidade que este produto tem para si.
Tiago Lopes

Questão 3 - Engarrafamento na ponte

1.) Existem filas na Ponte 25 de Abril porque a Margem Sul está transformada num gigantesco dormitório e a maioria da população da Margem Sul tem a sua vida profissional em Lisboa.
2.) O significado económico da fila de transito na ponte 25 de Abril, na minha óptica, prende-se com a Curva de Necessidades - Não tem existido um aproveitamento racional dos recursos humanos da Margem Sul, o que provoca os engarrafamentos na ponte. Além disso a ponte é a forma mais simples de chegar a Lisboa, e sendo o consumidor racional é lógico que opte pela ponte.
3.) Para se acabar com as filas de transito penso que há que ter em conta dois príncipios: 1.) Príncipio da Racionalidade - os agentes são racionais e coerentes nas suas escolhas. Ora, se as oportunidades de emprego na Margem Sul fossem tão abundantes como em Lisboa, poderiamos assistir a uma redução do tráfego. 2.) Lei da procura - se forem criadas portagens pouco compensatórias, a população arranjará outras formas de locomoção alternativas! Em complemento poderia aumentar-se o preço do parqueamento em Lisboa, o que tornaria a travessia da ponte uma escolha económica pouco compensatória.

Tiago Lopes

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Questão 1 - Custos Vs Benefícios

Quando pensamos no novo aeroporto, devemos ter em conta que a análise económica baseia-se sempre na relação entre custo-benefício. No caso do novo aeroporto, será necessário avaliar se a sua construção irá trazer-nos mais benefícios em termos económicos, comparativamente ao anterior, e se os custos inerentes a esta obra serão supridos pelos benefícios que nos trará. Deve ter-se igualmente presente que, ao canalizar dinheiro para o novo aeroporto, outros potenciais benefícios serão sacrificados.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Questão 2 - Solução racional

Em termos económicos esta situação explica-se através do princípio da racionalidade, mais concretamente da optimização. Entre as alternativas disponíveis o consumidor compra sempre o que é melhor para si. Isto leva-nos à conclusão de que o consumidor consome o que gosta mais, e que quanto mais utilidade ou bem-estar retira de um bem, maior é o preço que está disposto a pagar.

Questão 3 - Engarrafamento na ponte

A ponte 25 de Abril sobre o Tejo tem em regra longas filas para entrar em Lisboa de manhã e para sair ao fim do dia.
  1. Porque existem filas?
  2. Qual o significado económico da fila?
  3. E como era possível acabar com as filas sem construir uma nova ponte?

sábado, 20 de outubro de 2007

Debate: Crise da Sub-Prime e Bancos Centrais

O crédito hipotecário “sub-prime”, significa a concessão de crédito hipotecário de alto risco, a família com scoring de risco alto, ou seja, é um crédito que não valorizou as ferramenta de Scoring reactivo que através de variáveis principais como a estabilidade de emprego, taxa de esforço, relacionamento bancários e outros, consegue medir o risco e aprovar ou rejeitar operações de crédito a um preço determinado.
Este tipo de crédito era autorizado com base no valor da habitação que lhe servia de garantia, no pressuposto que esta só valorizava! Era a época do crédito hipotecário dos chamados “no job” com LTV´s (Loan-to-Value) a 100 % ou seja LTV = V.P./V.V.
- Recordo-me nos anos noventa de se aprovarem muitas operações de crédito com base apenas nas garantias e muitas eram efectuadas com base no “bom nome” sem se avaliar a capacidade de solvência da dívida.
A situação do incumprimento dos créditos nos E.U.A. negociavam-se com a colocação das casas novamente no mercado com uma valorização significativa que compensava os prejuízos do incumprimento. Mas, a crise de liquidez instalou-se com a desvalorização deste mercado imobiliário. Os riscos estão aí e são reais.
A escassez do crédito já se faz sentir.
Os bancos começam a praticar spread mais altos, apesar de se notar uma desacelaração das taxas de juro de referência a 1 ano e seis meses. O risco dos próprios bancos subiu sgnificativamente, tanto é que o dinheiro agora está mais caro.
Os bancos Portugueses conseguiam até Julho financiamento com spread’s face às obrigações do tesouro Alemão (bunds) de 15 a 30 pontos base. Agora passados dois meses e meio estas margens cifram-se nos 90 pontos base.” Afirmou um administrador de um banco português recentemente.
Vale mais uma má decisão do que nehuma decisão. E concordo com Charles Wyplosz. Os bancos centrais, como afirmou Dr. Silva Lopes numa entrevista ao Diário Económico, têm de ter o mercado mais regulado. "O BCE não poderia punir milhões de cidadãos que não tiveram nada a ver com a gestão dos seus bancos" e Charles Wyplosz alerta para a falha que aconteceu em 1929.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Questão 1 - O custo da decisão!

O problema do novo Aeroporto deve ser colocado em termos económico como custos de oportunidade. quando se decide por uma ou por outra localização, em qualquer dos casos deve ponderar-se qual o custo da decisão em termos de oportunidades perdidas. E como refere samuelson/nordhaus "o custo da alternativa perdida é o custo de oportunidade da decisão".

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Questão 2 - Produtos iguais, preços diferentes

Como se pode explicar que perante dois produtos iguais, A e B, os consumidores comprem A que é mais caro que B?
(Questão retirada do livro 'Introdução à Economia' de João Luís César das Neves)

Questão 1 - O novo aeroporto

Como se deve colocar o problema da construção do novo Aeroporto Internacional de Lisboa em termos económicos?

Debate: Crise da sub-prime e bancos centrais

EM DEBATE
com um grupo a favor e outro contra os bancos centrais
Lanço aqui o debate sobre o papel que os bancos centrais desempenharam e estãoa desempenhar na crise do mercado hipotecário de alto risco (sub-prime) desencadeada nos Estados Unidos e que se agravou a partir de 9 de Agosto.
A crise está aqui tratada de forma esquemática.
Opiniões de economistas sobre a crise podem ser lidas aqui recomendando que se leia os artigos de Willem Buiter e Anne Sibert e de Charles Wyplosz.
Podem ainda ver o que se tem escrito sobre a matéria nos jornais de economia e o acompanhamento que fiz aqui.
Bom debate, sempre fundamentando em factos e teses de economistas. :-)

Economia na Esta

Queremos construir um espaço de análise e debate sobre matérias económicas da actualidade à luz dos ensinamentos da teoria económica. Somos alunos e professora da cadeira de Fundamentos de Economia da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Quem quiser aderir é livre, em comentários.